O texto abaixo não é de minha autoria, nem muito menos de uma outra pessoa somente, é fruto do debate de pessoas que doam boa parte de suas vidas a dar vida à cultura de Jaú. O seu conteúdo, acredito eu, pela riqueza que tem, o faz de domínio publico, e eu tomei pra mim como uma bandeira a ser defendida em nossa cidade.
A cultura deve ser
considerada sempre em suas três dimensões: 1) enquanto produção simbólica,
tendo como foco a valorização da diversidade das expressões e dos valores
culturais; 2) enquanto direito de cidadania, com foco na universalização do
acesso à cultura e nas ações de inclusão social através da cultura; e 3)
enquanto economia, com foco na geração de emprego e de renda, no fortalecimento
de cadeias produtivas e na regulação da produção cultural, considerando as
especificidades e valores simbólicos dos bens culturais.
Adotar essa
concepção implica em reconhecer a cultura como fenômeno plural e implementar
uma política capaz de responder às demandas oriundas das suas diferentes
manifestações, desde os conhecimentos e as artes tradicionais até os mais
elaborados produtos culturais da alta tecnologia. É, exatamente na condição de
sujeitos e produtores de cultura, encarada nessas três indissociáveis
dimensões, que os cidadãos devem ser chamados a participar da elaboração da
política cultural da cidade.
Esta
concepção ampla de cultura implica em considerar todos os indivíduos, e não
apenas os artistas, como sujeitos e produtores de cultura. É nesta condição de
agentes culturais, que o conjunto dos cidadãos deve se constituir no foco das
atividades e projetos da administração governamental.
Necessidades:
Constituição de um real Conselho Municipal de Cultura (CMC);
contemplando a participação de todos os setores de artistas, produtores,
movimentos e incentivadores.
Criação de Editais para distribuição justa dos recursos públicos
do fundo municipal da cultura e criação de uma lei municipal de cultura.
Fomentar a Economia
da Cultura como forma de viabilizar a auto-sustentabilidade dos artistas e
produtores
Estimular os empresários a adotarem ações pró-ativas em relação à
cultura de patrocínio, de investimentos em fundos de cultura e participação em
programas de patrocínio incentivado com renúncia fiscal
Transformar as escolas municipais (e estaduais que desejarem ser
integradas a este processo) em pontos culturais para a população em geral e
para juventude em particular, utilizando os artistas das cidades como
multiplicadores culturais.
Avançar na integração da educação e cultura ampliando a jornada
escolar e possibilitando a inserção das diferentes linguagens e práticas
artísticas na Educação Básica.
Apoiar os artistas e produtores e gestores culturais com programas
de qualificação continuada e de apoio a produção artística.
Apoiar a ampliação de equipamentos e investir em melhorias dos
espaços culturais, tais como: bibliotecas, museus; salas de exposição; centros
de formação; teatros; circos; salas de cinemas; cineclubes, bibliotecas;
estúdios; locais de ensaio; teatros de arena, conchas acústicas, sítios
arqueológicos, bens tombados como patrimônio histórico.
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